Entenda quais as causas, sintomas, diagnósticos e tratamentos.
Normalmente quem examina um paciente com TDAH acaba reconhecendo a existência do mesmo transtorno, ou pelo menos alguns dos sintomas, no pai ou na mãe. É possível notar nos pais uma inquietude na cadeira, movimentação das mãos e dos pés, impulsividade na hora de responder algo, etc. São comportamentos que, após ser feito o diagnóstico da criança, os pais notam que apresentam comportamentos similares.
Causas
Existem pelo menos 7 genes que aparecem envolvidos no TDAH, algumas pessoas têm alguns deles, outras têm muitos ou todos eles e outras ainda não têm nenhum deles. É o somatório desses genes que vai determinar a predisposição genética. Portanto, não se trata de “ter ou não ter TDAH”; todo mundo tem, em algum grau, alguns sintomas que caracterizam o transtorno, uns mais, e outros menos; aqueles que apresentam muito mais são portadores de TDAH. Esses genes estão relacionados à produção de dopamina e noroadrenalina, ou seja, o controle de liberação está alterado.
Sintomas
Quando existe um comprometimento nos neurotransmissores citados, afeta a capacidade de manter a atenção, de se estimular sozinho para fazer as coisas, de manter estimulação ao longo do tempo, sem perder a energia e o interesse, de fazer planejamento, verificar se os planos estão conforme o planejado, de controlar a movimentação corporal, os atos motores, controlar os impulsos, controlar as emoções e a memória que depende da atenção fica comprometida, por exemplo. Além disso, outros fatores não genéticos, mas que estão envolvidos para a predisposição do aparecimento do transtorno, estão relacionados a problemas durante o parto, desnutrição e ingestão de substâncias durante a gravidez. Ou seja, a herança genética como já citado, é um fator determinante para o aparecimento do TDAH, porém, a pessoa que nasce com essa predisposição genética pode, através da relação com o ambiente externo, ter uma determinação final do que conhecemos como o transtorno.
Diagnóstico
Até o momento não existe nenhum exame, como o de eletroencefalograma ou de ressonância, por exemplo, que façam o diagnóstico se alguém tem TDAH ou não. O diagnóstico, até o momento, só é feito por meio de uma entrevista e avaliação de um especialista.
Tratamento
O tratamento é feito mediante da orientação aos pais e professores e, na maioria dos casos, com uma combinação de medicamento e técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A Avaliação Neuropsicológica irá avaliar potenciais e fraquezas no desempenho cognitivo, o que permite estabelecer se há alteração da atenção e do funcionamento executivo, compatíveis com a sugestão diagnóstica de TDAH. A Terapia Cognitivo Comportamental e o acompanhamento fonoaudiológico, quando existir Transtorno de Leitura (Dislexia), Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia), também podem auxiliar no tratamento e na reabilitação do paciente. É importante ressaltar que o TDAH não é um problema de aprendizado, mas uma dificuldade em manter a atenção, desorganização e inquietude que atrapalham o seu rendimento durante a vida escolar, ocasionando a dificuldade de aprendizagem.