Ansiedade

Vivemos atualmente uma epidemia de casos de ansiedade. O ritmo frenético de vida, aliado à predisposição individual, resulta em uma parcela significativa da população com sintomas ansiosos e perda de qualidade de vida. Esse aumento da incidência é causado, em grande parte, pelo bombardeio de informações a que somos expostos e o alto grau de cobrança individual (emprego, família, sociedade, etc…).

A ansiedade é uma resposta fisiológica a um evento que está prestes a ocorrer. É uma reação adrenérgica (mediada pela adrenalina) que antecede o estresse. A ansiedade é comum, antecedendo eventos que fogem da nossa rotina (uma festa, um encontro, uma viagem, semana de provas, entrevista de empregos, etc…) é uma resposta, na maioria das vezes, benéfica para o organismo. Pinta com cores vivas os eventos que se destacam na nossa vida, levam o foco atencional para as prioridades daquele momento.

Pode-se tornar doença quando o limiar para seu desencadeamento é reduzido. O paciente pode sentir que algo está prestes a ocorrer mesmo na ausência de qualquer motivo para tal. A ansiedade patológica faz com o paciente antecipe a preocupação com determinada ocorrência, sofrendo mais do que o necessário. O paciente ansioso está sempre tenso, preocupado, sofrendo por antecipação, perdendo o foco no presente e a oportunidade de viver o momento. Pela sobrecarga mental do ritmo de suas preocupações, ele acaba não focando e não memorizando eventos importantes do dia a dia, baixando seu rendimento nos estudos e no trabalho.

Fisicamente, a ansiedade também é notável. O paciente fala rápido, às vezes, atropela as próprias palavras, pode apresentar batedeira no peito, suor frio, pupilas dilatadas, assumindo a face da manifestação mais dramática da ansiedade: a crise de pânico. A ansiedade gera queixas de memória, insônia, irritabilidade, impulsividade. Tudo pelo aumento da adrenalina basal, deixando o paciente à flor da pele. O paciente ansioso gera uma atmosfera ao seu redor de ansiedade, como se contagiasse o ambiente e as pessoas que os cercam.

A medida do aceitável é, por vezes difícil de sinalizar. Pacientes levemente ansiosos podem ser bastante agradáveis socialmente e bastante produtivos em alguns ambientes de trabalho, como quando a proatividade, a criatividade as relações humanas são valorizadas. Por isso, cada caso é um caso.

Outro ponto é a relação com a alimentação. Pacientes ansiosos podem ter disfunção alimentares, engordando por busca frenética a alimentos calóricos (classicamente o chocolate – que reduz a ansiedade e ativam o sistema de recompensa cerebral) ou mesmo emagrecendo, por alimentação hipocalórica e excesso de atividade física e mental.

Podemos tratar da ansiedade por meio de uma avaliação cuidadosa de seus determinantes (ritmo de vida, contexto social, educacional e de trabalho), além de mudança de hábitos de vida.

E, outro meio também muito eficaz de se tratar a ansiedade, é através da terapia cognitiva comportamental, pois, durante a psicoterapia, a pessoa vai entender melhor como a ansiedade funciona e aprender modos de administrá- la. A psicoterapia vai enfocar tanto as causas, como os sintomas da ansiedade, agindo sobre ambos. Com a ajuda atenta do psicólogo, a pessoa vai aprendendo a diminuir sua ansiedade, descobrindo novos modos de enfrentar as dificuldades e modificando as crenças que estão por trás dela. O psicólogo vai procurar junto com a pessoa quais os pensamentos negativos que a levam a sentir ansiedade e buscar mudar esses pensamentos e os comportamentos que estão ligados a eles.

SIGA-NOS NAS REDES SOCIAIS!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WeCreativez WhatsApp Support
Nossa equipe de suporte ao cliente está aqui para responder às suas perguntas.
👋 Olá, como posso ajudar?