É um quadro delicado e de difícil reconhecimento, mas se pararmos para observar, essa condição se manifesta na perda da animação, desinteresse por situações e eventos que outrora proporcionava motivação, mudança no ritmo de sono e alimentação, mudança de humor, sensação de ansiedade, derrota, perda da vitalidade, choro em excesso, complicação para concentrar-se e finalizar aquilo que se iniciou e em outros comportamentos oriundos, também, do universo de pensamentos e sentimentos nocivos à qual a pessoa se encontra.
O diagnóstico, muitas vezes, gera uma confusão entre a tristeza e a depressão, originada na semelhança entre seus sinais e formas de se tratar, mas ao analisar é possível perceber que tristeza, vista como sendo sadia, por auxiliar na compreensão de aflições eventuais, é um sentimento temporário e, é causado por fatores externos, ou seja, acontecimentos que ocorrem conosco mesmo ou com aqueles que estão ao nosso redor, e não se torna empecilho para que o indivíduo continue com seus afazeres ou vivencie seus sentimentos. Já a depressão, é um estado mais duradouro, uma tristeza prolongada que causa opressão, desesperança, desânimo e, é originado por muitos fatores e seguido por sensações que afetam os vários aspectos da vida.
Alguns comportamentos que ocorrem de maneira excessiva podem estar ligados à depressão, como compras em demasia e desnecessárias, a utilização desmedida da rede mundial de tecnologia, perda de apetite ou alimentar-se de maneira compulsiva, o consumo excessivo do cigarro e, o consumo exagerado do álcool que, inclusive, pode estar relacionado com o aumento da frequência e intensidade das crises depressivas. Outro sinal que merece atenção é o ato de esquecer, tendo em vista que pessoas deprimidas, podem apresentar esse sintoma.
Além disso, aqueles que de maneira súbita deixam de se cuidar ou passam de uma pessoa estável à hipersensível, tem uma maior possibilidade de estarem passando por uma crise depressiva. Com relação ao tratamento, o primeiro passo é buscar a assistência de um Psicólogo que atue na abordagem Cognitiva Comportamental, que irá auxiliar o paciente em seu processo de autoconhecimento, e com isso o restabelecimento da força íntima necessária para mudar pensamentos e atitudes e vencer a Depressão, superação essa que, vale ressaltar, acontece de maneira lenta, mas contínua.
Paralelo à terapia, se faz necessário, e importante, o auxílio do Psiquiatra, que auxiliarão neste processo. É válido também, o estímulo daqueles com o qual o paciente convive, tendo em vista que, quanto mais ele se sentir auxiliado, mais eficiente será seu tratamento. Por fim, lembrem-se, como diz Augusto Cury “nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana”.
1 Cury, Augusto Jorge. Dez leis para ser feliz: ferramentas para se apaixonar pela vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. Disponível em: https://docs.google. com/document/